Ricardo Dinis-Oliveira, especialista forense do Instituto Universitário de Ciências da Saúde – CESPU, defende a urgência de regular o estatuto e o código de ética dos peritos forenses em Portugal. Estes profissionais, que examinam cenas de crime e suportam a atividade de polícias como a PJ e GNR, devem ser distinguidos por sua formação científica para garantir a qualidade das provas nos tribunais. A falta de regulação permite que pessoas sem formação adequada se auto-intitulem peritos, comprometendo a credibilidade das perícias.
Dinis-Oliveira critica a situação atual em que muitos tribunais recorrem a especialistas sem formação sólida, o que leva a pareceres técnico-científicos debilitados. Ele questiona a ausência de legislação que assegure a qualificação dos peritos forenses, sublinhando a importância de reconhecer e valorizar aqueles que realmente dominam as técnicas científicas necessárias para a justiça.