João Goulão, coordenador do ICAD, revelou que o orçamento atual é inferior ao do IDT antes de 2012, com apenas três comunidades terapêuticas públicas em funcionamento. Muitos estabelecimentos estão a fechar ou a operar apenas no setor privado, atendendo clientes estrangeiros, devido à falta de financiamento. A pandemia agravou a situação, aumentando o uso problemático de drogas e a pressão sobre o sistema de saúde, com cerca de 2.000 pessoas à espera de ajuda.
Goulão enfatizou a necessidade de um reforço financeiro significativo e de um recrutamento mais ágil de profissionais. A situação das dependências em Portugal requer uma abordagem integrada entre os setores público, social e privado, que, segundo ele, são complementares. A questão da legalização da canábis também foi abordada, com Goulão a afirmar que ainda falta evidência científica sólida para tomar decisões informadas.