A companhia Ballets Russes, fundada por Sergei Diaghilev, deixou uma marca indelével na história da dança. No seu novo livro, António Laginha recorda a passagem da companhia por Lisboa entre 1917 e 1918, destacando os desafios enfrentados, como a falta de iluminação durante um espetáculo. Apesar do acolhimento morno, figuras como Almada Negreiros tentaram promover as atuações da companhia, que tiveram um impacto limitado na dança portuguesa na época.
Laginha lamenta a falta de reconhecimento da passagem dos Ballets Russes por Portugal na literatura internacional. O autor sublinha que a influência da companhia só começou a ser sentida décadas depois, com a criação do Grupo de Bailados Portugueses Verde Gaio e a atuação da Fundação Gulbenkian. O livro destaca a importância de relembrar este capítulo da dança, que, apesar de pouco mencionado, foi crucial para o desenvolvimento do bailado no país.