O projeto ‘Alagie’, parte do festival ‘Uma revolução assim’, apresentou relatos de pessoas sem-abrigo numa tenda, criando uma experiência imersiva. Neste espaço, os visitantes puderam ouvir histórias de vidas nas ruas, provocando forte impacto emocional. Ana Abrantes, uma das assistentes, descreveu a experiência como um ‘murro no estômago’, refletindo sobre a dureza da realidade e a sua própria situação privilegiada. As autoras do projeto, Filipa Rosa e outra, enfatizaram a importância de respeitar a individualidade de cada pessoa sem-abrigo.
A arte pode não resolver a crise da habitação, mas é uma ferramenta poderosa para sensibilizar e humanizar as histórias por trás das estatísticas. A experiência de ‘Alagie’ desafia os preconceitos sobre a pobreza e convida à reflexão sobre como a sociedade vê os sem-abrigo. A necessidade de compreensão e empatia é urgente, especialmente num problema que se agrava globalmente.