As audições na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto sobre a exoneração da Presidente da Fundação CCB, Francisca Carneiro Fernandes, continuam. Hoje, Catarina Figueira, diretora de Comunicação e Marketing, e João Caré, diretor Jurídico e de Contratação, foram ouvidos. Ambos se abstiveram de comentar a exoneração, enfatizando que a questão deve ser tratada na esfera política.
Os depoimentos revelaram uma desvalorização das chefias intermédias e um ambiente laboral tenso no CCB. João Caré destacou a desresponsabilização nas hierarquias e a crescente falta de respeito nas equipas. As audições surgem após acusações da ministra da Cultura contra o ex-ministro Pedro Adão e Silva, relacionadas com a gestão do CCB.
Francisca Carneiro Fernandes foi exonerada em novembro, antes de completar um ano no cargo, e já impugnou a decisão judicialmente. Os partidos requereram a audição de várias personalidades ligadas ao CCB, incluindo o ex-ministro e a Comissão de Trabalhadores.
As audições revelam a complexidade da gestão no CCB e a necessidade de esclarecer a situação laboral na instituição, que parece estar em crise. As respostas evasivas dos diretores sugerem que a política e a administração muitas vezes se cruzam, levantando questões sobre a transparência na gestão cultural em Portugal.