A análise de João Matias, antropólogo e coordenador do Museu do Cante Alentejano, revela que o inventário nacional de grupos corais, iniciado em 2020, destaca a vitalidade deste património cultural. Em 2015, havia cerca de 150 grupos, número que cresceu para 189 em 2020. A pandemia de covid-19 trouxe desafios, mas o recente inventário mostra que 164 grupos ainda estão ativos, com 3.105 cantadores, especialmente no distrito de Beja.
Matias ressalta que, apesar da diminuição de grupos e cantadores, o cante alentejano continua a atrair novos adeptos, incluindo em Lisboa, onde surgem novos grupos. O museu em Serpa tem atraído visitantes de várias nacionalidades, refletindo o interesse global por este canto popular.