Cante Alentejano: Uma Década de Património Cultural Imaterial

A inscrição do cante alentejano na lista da UNESCO trouxe visibilidade e dignidade aos seus praticantes, segundo Paulo Lima, antropólogo que coordenou a candidatura. Apesar dos avanços, Lima alerta para a falta de uma estratégia de gestão para estas manifestações culturais em Portugal. Ele defende a necessidade de uma política transversal para os bens classificados, enfatizando que a promoção não deve se limitar a ‘selos’ e fotografias.

O cante alentejano continua a evoluir, refletindo os desafios contemporâneos e servindo como ferramenta de coesão social. Com diversos projetos musicais em torno do cante, o antropólogo sugere que a prática deve ser vista como um património vivo, que se adapta e se reconfigura ao longo do tempo. É crucial libertar o cante de visões conservadoras e permitir que novas expressões e influências se integrem.