Eça de Queirós trasladado para o Panteão Nacional

A trasladação dos restos mortais de Eça de Queirós para o Panteão Nacional, marcada para quarta-feira, assinala 125 anos após a sua morte. A decisão, aprovada pelo parlamento, foi alvo de contestações judiciais por parte de alguns bisnetos do autor. Especialistas destacam a relevância de Eça na formação da identidade portuguesa e na crítica social, considerando que a sua obra permanece atual, refletindo questões contemporâneas como a condição humana e o provincianismo.

Carlos Reis e Isabel Pires de Lima concordam que a trasladação é um gesto simbólico de reconhecimento, mas não necessariamente um benefício para a obra de Eça. Pires de Lima menciona que, apesar da relevância do ato, Eça já é amplamente reconhecido na cultura portuguesa, e a mudança não altera esse legado. Ambos especialistas expressam um certo desconforto com a repetição do processo de traslado dos restos mortais do escritor entre diferentes locais.