O escritor Kamel Daoud respondeu às críticas de uma sobrevivente de massacre na Argélia, que o acusa de ter usado a sua história sem consentimento para o seu romance ‘Houris’. Em crónica no semanário Le Point, Daoud afirmou que a dor da mulher é compartilhada por muitos, e que as acusações visam destruir a sua reputação e a de sua família. A obra, que venceu o Prémio Goncourt, não pode ser publicada na Argélia devido a uma lei que proíbe temas sobre a guerra civil.
A controvérsia em torno de ‘Houris’ levanta questões sobre a ética na literatura e o uso de experiências reais em narrativas ficcionais. A defesa de Daoud indica que a obra deve ser vista como um reflexo da tragédia coletiva do povo argelino, não como um relato biográfico.