Após um longo processo marcado por greves e dificuldades, a peça ‘À Espera de Godot’ foi apresentada no estabelecimento prisional de Alcabideche. Flávia Gusmão, atriz e encenadora, destacou a importância da espera no contexto prisional, contrapondo-a à distração da sociedade moderna. O recluso Cláudio Megie enfatizou que o tempo é uma construção humana, valorizando cada minuto na prisão. A encenadora e a equipa do Teatro Experimental de Cascais defendem a continuidade de projetos artísticos com reclusos, considerando-os fundamentais para a reintegração social.
Flávia Gusmão e Fernando Alvarez apelam à importância de apoiar projetos de longa duração com reclusos, pois estes podem oferecer ferramentas valiosas para a vida após a prisão. A arte tem o poder de transformar e proporcionar momentos de alegria e reflexão, fundamentais num ambiente de privação de liberdade.