Um estudo realizado entre 2001 e 2015 em Portugal identificou a prematuridade, a falta de assistência médica ao nascimento e a gravidez em idade tardia como os principais fatores de risco para a paralisia cerebral (PC) em recém-nascidos. O relatório do Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral (PVNPC) revela que a taxa de PC manteve-se estável, com 1,7 casos por 1.000 nascimentos. O coordenador Daniel Virella explica que a detecção da PC ocorre ao nascer, mas a notificação é feita aos 5 anos, para monitorizar a progressão do estado da criança.
O relatório sublinha a importância da assistência médica adequada e da vigilância em gravidezes e partos, especialmente em contextos de maior risco. A análise revela também que a privação socioeconómica influencia significativamente os casos de PC, o que destaca a necessidade de intervenções direcionadas a comunidades vulneráveis. A implementação de registos mais completos poderá contribuir para um melhor entendimento e gestão da paralisia cerebral em Portugal.