A psiquiatra Dulce Bouça, responsável pelo projeto RIPA, afirma que o confinamento durante a pandemia agravou as perturbações do comportamento alimentar. Muitos doentes, que já se sentiam inseguros sobre o seu corpo, sentiram a necessidade de mudar algo antes de retomar a vida social. O RIPA, que opera na Clínica Psiquiátrica de S. José, em Lisboa, tem demonstrado resultados positivos, com 90% das mulheres acompanhadas a evitar agravamentos ou a remitir da doença.
Dulce Bouça defende uma melhor articulação entre o projeto RIPA e o Serviço Nacional de Saúde, uma vez que muitas doentes foram enviadas por médicos. A colaboração poderia beneficiar ainda mais o tratamento e acompanhamento das perturbações alimentares em Portugal.