Miques João, advogado de Bruno Afonso, o único civil sobrevivente de um ataque a um quartel em São Tomé, apresentou uma denúncia que envolve Patrice Trovoada e Elísio Teixeira. A denúncia surge após um incidente de 2022, onde quatro homens atacaram o quartel, levando a uma alegada execução sumária dos atacantes. João afirma ter provas que ligam os dois políticos ao caso, sugerindo que tentaram silenciar testemunhas e destruir provas.
O advogado revelou que já tinha apresentado queixa contra Trovoada em 2022, mas o processo desapareceu do Ministério Público. Ele critica a liberdade dos militares acusados de homicídio e destaca que os crimes não prescrevem. João manifesta preocupação com a integridade do processo judicial, alegando que provas estão a ser destruídas por agentes judiciais.
Além disso, Miques João denunciou uma “cabala política” contra si, afirmando que enfrenta múltiplos processos na Ordem dos Advogados, que considera uma manobra para impedir a sua atuação como defensor. A Lusa tentou ouvir as partes envolvidas, mas sem sucesso até ao momento.
A denúncia de Miques João coloca em evidência a fragilidade do sistema judicial em São Tomé e a necessidade de responsabilização de figuras políticas em casos de violência. A luta pela verdade e justiça é crucial para a credibilidade das instituições.