A Arábia Saudita registou, em 2023, ‘pelo menos 345’ execuções, um número sem precedentes, segundo a organização britânica Reprieve e a Organização Saudita Europeia para os Direitos Humanos (ESOHR). Este aumento alarmante surge sob a liderança do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, que é criticado por utilizar a pena de morte como uma ferramenta de repressão. A ONG Amnistia Internacional revelou que o reino é o terceiro país com mais execuções no mundo, apenas atrás da China e do Irão.
Os defensores dos direitos humanos condenam a aplicação excessiva da pena de morte na Arábia Saudita, argumentando que ela é desproporcional, especialmente para crimes menores, como a posse de haxixe. O regime, ao mesmo tempo que promove uma imagem de modernidade e reforma, parece contradizer-se ao intensificar a repressão. Esta disparidade levanta preocupações sobre o futuro do país, especialmente com a aproximação do Campeonato do Mundo de 2034.