O tribunal de Manouba, perto de Tunes, aumentou a pena de Zammel, um empresário de 47 anos, por falsificação de assinaturas na sua candidatura. O advogado Abdessattar Messaoudi revelou que Zammel acumula 35 anos de condenações. Com 37 inquéritos abertos em toda a Tunísia, Zammel encontra-se detido desde 2 de setembro, sem ter feito campanha. Nas eleições presidenciais, obteve apenas 7,35% dos votos, enquanto o atual presidente, Kais Saied, venceu com 90,7%.
A União Europeia expressou preocupação com a diminuição do espaço democrático na Tunísia, especialmente após a detenção de Zammel e a exclusão de outros candidatos. Há três anos, várias organizações denunciam a ‘deriva autoritária’ do presidente Saied, que já deteve mais de 20 opositores. A suspensão do parlamento e a revisão da Constituição para um regime ultra-presidencial demonstram um fortalecimento do poder executivo, suscitando alarmes sobre a liberdade política no país.