O Alto Comissário para os Direitos Humanos da ONU, Volker Türk, revelou que a situação na Birmânia é uma das piores do mundo. Em 2022, pelo menos 1.824 civis, incluindo 248 crianças, foram mortos no conflito. A junta militar intensificou a brutalidade, realizando ataques indiscriminados em aldeias e provocando deslocações massivas. Estima-se que 3,5 milhões de pessoas estejam deslocadas internamente e 20 milhões necessitem de ajuda humanitária.
Türk destacou a gravidade da situação em Rakhine, onde o conflito com a milícia Arakan tem causado numerosas mortes, especialmente entre os Rohingya. Além disso, iniciativas internacionais, como mandados de captura e sanções, são passos importantes para responsabilizar os líderes militares. O colapso económico também abriu caminho para o crime organizado, com a Birmânia a ser um dos maiores produtores de ópio.