Com a dissolução da coligação governamental, a campanha para as novas eleições na Alemanha começou a 13 de fevereiro. O chanceler Olaf Scholz fez um balanço positivo, mas o futuro do Partido Social Democrata (SPD) é incerto, especialmente com a migração como tema central. O politólogo Uwe Wagschal destaca que a escassez de habitação e os custos sociais serão cruciais nesta eleição, afetando o desempenho de partidos como o SPD e os Verdes.
Os partidos populistas, como a AfD e a BSW, estão a ganhar terreno explorando a insatisfação com a migração. Enquanto a AfD defende o fecho de fronteiras para limitar a entrada de migrantes, a BSW quer proteger trabalhadores. O presidente do Gabinete Federal para a Proteção da Constituição, Thomas Haldenwang, reconhece a integração de muitos migrantes, mas alerta para o aumento da criminalidade em algumas áreas.
As sondagens indicam que a AfD e a BSW podem alcançar 20 a 25% dos votos, levantando dúvidas sobre a capacidade de Scholz de manter a coligação. A situação económica e a forma de lidar com despesas públicas também são temas relevantes, assim como as políticas externas, incluindo o apoio à Ucrânia. As eleições estão agendadas para 23 de fevereiro de 2025, antecipando-se em sete meses ao previsto.
A crescente popularidade dos partidos populistas reflete um descontentamento generalizado com a gestão da migração e a economia. A falta de confiança no SPD e na CDU/CSU pode levar a uma mudança significativa na paisagem política da Alemanha. Com a campanha a aquecer, será crucial observar como os principais candidatos respondem às preocupações dos eleitores.