China critica prisão de Guantánamo e apela ao encerramento

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Lin Jian, denunciou a ocupação norte-americana da Baía de Guantánamo como uma violação grave do direito internacional. Ele descreveu a prisão como um ‘campo de concentração’ que ignora os direitos humanos e destacou a detenção arbitrária e a tortura como práticas comuns. Lin sublinhou que a comunidade internacional exige o encerramento da prisão, mas os EUA têm ignorado esses apelos.

Lin também criticou a hipocrisia dos EUA ao manter Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo enquanto perpetua ações de intimidação. A China reiterou o seu apoio à soberania cubana e pediu a devolução do território de Guantánamo ao povo cubano.

Recentemente, os Estados Unidos repatriaram dois prisioneiros malaios de Guantánamo, elevando para 27 o número de detidos na prisão. Desde a sua criação após os atentados de 11 de setembro, Guantánamo já acolheu cerca de 780 prisioneiros, agora divididos em dois campos, dependendo do perfil dos detidos.

A posição da China sobre Guantánamo destaca a pressão internacional sobre os EUA para que reformem as suas práticas de detenção e respeitem os direitos humanos. A crítica à hipocrisia de Washington reflete um sentimento crescente entre várias nações que desafiam a legitimidade da prisão e do embargo a Cuba.