Os confrontos em Moçambique, iniciados por volta das 12h00, resultaram em violentos confrontos entre manifestantes e a polícia. Os cidadãos, que bloquearam a Avenida da FPLM em protesto, alegaram que as autoridades dispararam indiscriminadamente para dispersar a manifestação. Apesar de tentativas de negociação, os jovens afirmam que a situação escalou rapidamente. O uso de gás lacrimogéneo e balas verdadeiras gerou mais tensão e resistência por parte dos manifestantes, que continuaram a colocar barricadas.
Desde 21 de outubro, o país tem sido palco de sucessivas manifestações contra os resultados das eleições de 09 de outubro, que deram a vitória a Daniel Chapo da Frelimo. O candidato opositor, Venâncio Mondlane, contesta os resultados, que indicam que ele ficou em segundo lugar, e convoca a população a protestar. De acordo com a ONG Plataforma Eleitoral Decide, desde o início dos protestos, já foram registadas pelo menos 103 mortes e 274 pessoas feridas.
A situação em Moçambique continua a deteriorar-se, com os protestos a alastrarem por várias cidades. As autoridades tentam controlar a situação, mas a resistência dos manifestantes tem sido constante. A indefinição sobre a validação dos resultados eleitorais pelo Conselho Constitucional alimenta ainda mais a tensão nas ruas.
A escalada de violência nas manifestações em Moçambique revela a necessidade urgente de diálogo entre as autoridades e a oposição. A insatisfação popular, alimentada por alegações de fraude eleitoral, não pode ser ignorada, pois a repressão só tende a agravar a situação. É vital que as partes encontrem uma solução pacífica para evitar mais tragédias e restaurar a confiança no processo democrático.