A Coreia do Sul aprovou uma revisão legislativa que endurece as penas para crimes sexuais relacionados com a pornografia deepfake. A posse e o visionamento de materiais ultrafalsos podem resultar em até três anos de prisão ou multas até 30 milhões de won (cerca de 20.320 euros). Produzir ou distribuir esses conteúdos será punido com até sete anos de prisão.
A pornografia deepfake utiliza imagens de pessoas reais, frequentemente para extorsão ou vingança, afetando principalmente mulheres. A reforma legal aumentará as penas para a utilização destes materiais em extorsão, estipulando até um ano de prisão. Além disso, as autoridades terão a responsabilidade de remover esses conteúdos da Internet.
Recentemente, investigações revelaram mais de uma centena de salas no Telegram dedicadas à distribuição de pornografia deepfake, com 220 mil participantes. A polícia de Seul pediu a cooperação das autoridades francesas, que já detiveram o fundador do Telegram em relação a este problema.
A revisão da lei é um passo importante na luta contra a pornografia deepfake, protegendo as vítimas e coibindo a utilização maliciosa das tecnologias digitais. A responsabilidade das autoridades em remover conteúdos nocivos e o envolvimento internacional na investigação são fundamentais para combater este crime.