Um relatório recente do IPC revela que 638.000 pessoas no Sudão enfrentam níveis catastróficos de fome, com mais de 8 milhões à beira da inanição. A situação é crítica em áreas como Zamzam, no Darfur do Norte, e nas montanhas de Nuba, onde a fome foi oficialmente declarada. O IPC estima que 24,6 milhões de pessoas, cerca de metade da população, enfrentam insegurança alimentar aguda devido aos 20 meses de conflito entre o exército e forças paramilitares.
O governo sudanês refutou as alegações do IPC, descrevendo o relatório como especulativo e acusando-o de falta de transparência. As autoridades têm sido criticadas por obstruir avaliações internacionais e dificultar a ajuda humanitária. A guerra e a manipulação da fome como arma de guerra complicam ainda mais a situação, levando a ONG International Rescue Committee a declarar que o Sudão enfrenta a pior crise humanitária da sua história.