Crise Política na Guiné-Bissau Acentuada por Divergências Eleitorais

A Guiné-Bissau enfrenta uma crise política acentuada pela dissolução da Assembleia Nacional Popular (ANP) em dezembro de 2023. Fernando Dias da Costa, primeiro vice-presidente da ANP, liderou a delegação da Comissão Permanente numa reunião com a CEDEAO, que procura consensos sobre o calendário eleitoral. A oposição contesta a data das eleições, marcadas para 30 de novembro, afirmando que o mandato do Presidente Sissoco Embaló terminou hoje.

Dias da Costa apelou a um diálogo inclusivo, sem arrogância, e criticou a presença exacerbada de forças de segurança nas ruas de Bissau, destacando a necessidade de uma solução pacífica para a crise. A CEDEAO, liderada por Bagudu Hirse, já se encontrou com várias entidades políticas para discutir a situação e o calendário eleitoral.

A oposição enfatiza que é essencial resolver questões como a nomeação de novos juízes e a Comissão Nacional de Eleições antes das eleições. O presidente Sissoco Embaló argumenta que o seu mandato se estende até setembro, enquanto a oposição clama por eleições antecipadas, intensificando o impasse político no país.

A crise política na Guiné-Bissau reflete a necessidade urgente de diálogo entre as forças políticas. A presença militar nas ruas pode ser vista como uma forma de repressão, o que apenas exacerba as tensões já existentes. A CEDEAO desempenha um papel crucial, mas a solução deve vir de um entendimento genuíno entre os diferentes actores políticos e a sociedade civil. É vital que se respeite a Constituição e que a vontade do povo seja ouvida.