Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que as mulheres cabo-verdianas ganham, em média, 40% menos que os homens no setor informal, onde predominam. Marisa Carvalho, do ICIEG, destaca que muitas mulheres optam por este setor para equilibrar as suas responsabilidades familiares com a necessidade de rendimento. Está em curso um projeto para promover a emancipação económica das mulheres e jovens, visando a transição para a economia formal.
O sociólogo Henrique Varela aponta que a desigualdade salarial é um problema estrutural que perpetua a pobreza, especialmente para mães. Defende que campanhas de sensibilização são essenciais para mudar a mentalidade da sociedade e que a capacitação das mulheres é fundamental para equiparar os salários. A informalidade, embora significativa, apresenta fragilidades, com apenas 7% dos trabalhadores a serem assalariados, o que agrava a precariedade.