Destruição de Material Eleitoral em Moçambique Segue em Frente

A destruição de material eleitoral das eleições gerais de 9 de outubro em Moçambique começou esta manhã na Escola Industrial e Comercial da Matola. Andrade Timane, diretor do STAE, informou que o processo, atrasado por questões logísticas, envolve a incineração de boletins de voto e outros materiais de 1.239 mesas de voto. A queima deverá ser concluída até às 20:00, marcando o fim do processo eleitoral na região.

Contudo, o ambiente tenso persiste, com mais de 300 mortos e 600 feridos nas manifestações pós-eleitorais. O candidato Venâncio Mondlane, que contesta os resultados, alega fraude eleitoral e incita à violência, o que resultou em saques e destruição.

O Tribunal Administrativo Central decidiu não intervir na destruição dos boletins, considerando que a questão é de competência eleitoral. Ivan Maússe, advogado do CIP, irá recorrer dessa decisão, defendendo que o material deve ser preservado para futura responsabilização devido a alegações de irregularidades eleitorais. O CC proclamou Daniel Chapo como vencedor das eleições, mas os conflitos continuam a marcar o cenário político.

A falta de transparência e a rápida destruição de material eleitoral geram preocupações sobre a integridade do processo eleitoral em Moçambique. A ausência de uma supervisão adequada e a contestação dos resultados podem comprometer a confiança pública nas instituições e acentuar a instabilidade social. É essencial que as vozes da sociedade civil sejam ouvidas e que exista um espaço para a resolução pacífica dos conflitos eleitorais.