Na quarta-feira, a violência em Moçambique levou ao adiamento de um encontro entre o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel, e Venâncio Mondlane. Após a investidura do novo presidente, a tensão aumentou, com confrontos resultando em pelo menos cinco mortos. Rangel manifestou a disponibilidade de Portugal para mediar a crise pós-eleitoral, embora acredite que uma intervenção formal não seja necessária, dada a vontade das partes para transformar a crise em oportunidade.
Rangel destacou os laços históricos entre Portugal e Moçambique, afirmando que o país pode desempenhar um papel de ajuda. No entanto, o candidato Mondlane acusou o diplomata de parcialidade. O ministro desvalorizou as críticas, reafirmando a postura construtiva de Portugal e a necessidade de diálogo neste período conturbado, que já provocou mais de 300 mortes desde o início das manifestações.