Uma equipa de especialistas da Universidade de Pequim e da Universidade Estatal da Pensilvânia analisou a acidificação dos oceanos durante o Máximo Térmico do Paleoceno-Eoceno (PETM). O estudo, publicado na revista Nature Geoscience, mostra que as emissões massivas de carbono naquela época reduziram o pH dos oceanos e a disponibilidade de iões de carbonato, essenciais para a vida marinha. Os investigadores notaram semelhanças com a atual crise climática, onde o aumento do CO2 na atmosfera está a provocar efeitos semelhantes.
Li Mingsong, professor da Universidade de Pequim, alerta que a atual taxa de emissões é muito mais rápida do que no PETM, representando uma grave ameaça para os ecossistemas marinhos. Ele destaca que o PETM pode ser um alerta natural sobre as consequências das emissões descontroladas de carbono, mas as atuais condições são ainda mais preocupantes, principalmente para regiões vulneráveis como o Ártico.