França exige libertação de cidadão detido na Rússia

A legislação russa sobre ‘agentes estrangeiros’ está a comprometer liberdades fundamentais, segundo Christophe Lemoine, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês. Laurent Vinatier, um cidadão francês, foi condenado a três anos de prisão por não se ter registado como ‘agente estrangeiro’. Detido desde junho, Vinatier reconheceu a culpa e pediu clemência ao juiz, afirmando que se apaixonou pela Rússia há 20 anos.

Os advogados de Vinatier criticaram o veredito e planeiam recorrer. Acusado de estabelecer contactos com especialistas russos e recolher informações sensíveis, temeu-se uma acusação de espionagem. Desde a invasão da Ucrânia, detenções por espionagem aumentaram no país, refletindo a crescente tensão entre Moscovo e países ocidentais, incluindo a França.

A detenção de Vinatier surge num contexto de relações tensas entre Paris e Moscovo, exacerbadas pelos comentários do Presidente francês sobre a possibilidade de enviar tropas para a Ucrânia. Nos últimos anos, vários ocidentais foram detidos na Rússia, levando a acusações de que o Kremlin utiliza estas detenções como moeda de troca em negociações internacionais.

A situação de Laurent Vinatier destaca as crescentes preocupações sobre os direitos humanos na Rússia e o uso de leis como instrumento de repressão. A comunidade internacional deve pressionar para a libertação de detidos injustamente e garantir que as liberdades fundamentais sejam respeitadas, especialmente em tempos de crise.