Após a decisão do Tribunal de Roma, que ordenou o regresso de 12 migrantes da Albânia para Itália, o governo italiano aprovou um decreto-lei que estabelece a lista de países seguros para repatriamento como regra primária. Esta mudança visa contornar a recente deliberação do Tribunal de Justiça da UE, que considerou que alguns países não são homogéneos e, portanto, não podem ser considerados seguros. A medida tem atraído atenção de outros Estados da UE, incluindo o Reino Unido, que ponderam replicá-la.
O novo decreto reflete a postura do governo de Giorgia Meloni, que prioriza o combate à imigração irregular. Apesar de antecipar um regulamento europeu previsto para 2026, essa abordagem suscita preocupações sobre a proteção dos direitos dos migrantes. A criação de uma lista comum de países seguros poderá levar a uma maior repressão das migrações e à necessidade de um debate mais profundo sobre a responsabilidade humanitária da Europa.