A lei que previa punições severas para mulheres que não usassem o hijab não será enviada ao governo, segundo um vice-presidente iraniano. Esta decisão, tomada por órgãos executivos, legislativos e judiciais, suspende a sua promulgação, que estava prevista para esta semana. O Presidente reformista, Masoud Pezeshkian, tinha expressado dúvidas sobre a legislação e tenta retomar conversações com o Ocidente sobre sanções relacionadas com o programa nuclear do Irão.
A suspensão da lei reflete a crescente pressão sobre o governo iraniano, especialmente após a morte de Mahsa Amini, que desencadeou protestos massivos. A legislação, com 74 secções, previa multas e penas de prisão severas, e a sua aplicação poderia provocar uma crise constitucional. O desafio agora é encontrar um equilíbrio entre a repressão e a pressão social por mudanças.