O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Israel Katz, reafirmou que o secretário-geral da ONU, António Guterres, é visto como ‘persona non grata’ pelo governo israelita. Esta declaração surge após Guterres não ter condenado o recente ataque com mísseis do Irão, que Katz classificou como um ato ‘antissemita’ e ‘anti-israelita’. A situação escalou após o disparo de mais de 180 mísseis pelo Irão contra Israel, com alguns a conseguirem ultrapassar as defesas antimísseis do país.
Em 2 de outubro, Katz anunciou oficialmente essa designação, após os ataques que ocorreram em contexto de intensificação dos conflitos entre Israel e o Hezbollah, o grupo armado libanês. Apesar de muitos mísseis terem sido interceptados, a resposta israelita à agressão foi rápida e contundente, aumentando as tensões na região.
Na sequência das declarações de Katz, mais de cem países, incluindo Portugal, mostraram apoio a António Guterres, subscrevendo uma carta que defende o papel da ONU em momentos de crise. A situação continua a ser monitorada de perto pela comunidade internacional, que apela à desescalada dos conflitos.
A declaração de Israel sobre Guterres levanta questões sobre a liberdade de expressão e o papel das instituições internacionais em conflitos complexos. O apoio de mais de cem países ao secretário-geral indica uma preocupação com a estabilidade global e a necessidade de diálogo na resolução de crises.