As Forças Armadas de Israel anunciaram novas diretrizes que entram em vigor a 8 de janeiro de 2025. Essas medidas surgem após um reservista ter deixado o Brasil, onde foi denunciado por crimes de guerra relacionados ao conflito em Gaza. Os soldados com patente de coronel ou inferior só poderão ser filmados de costas e com o rosto coberto, enquanto nenhum militar poderá ser associado a operações específicas.
A polémica começou quando um juiz brasileiro ordenou a investigação de um reservista israelita, acusado pela Fundação Hind Rajab de estar envolvido na demolição de casas em Gaza. O reservista conseguiu deixar o Brasil com auxílio consular, mas a situação expôs um crescente número de queixas contra soldados israelitas em vários países, incluindo França e Bélgica.
A Fundação Hind Rajab, nomeada em memória de uma menina palestiniana morta, afirma ter provas que comprometem cerca de 1.000 soldados israelitas. Desde o início do conflito, muitos soldados têm partilhado vídeos nas redes sociais que podem ser considerados evidências de crimes de guerra, mas até agora não houve detenções.
As novas diretrizes refletem uma tentativa de Israel de proteger os seus militares de repercussões legais no exterior. No entanto, a crescente onda de queixas levanta questões sobre a responsabilidade das ações militares e a necessidade de transparência nas operações em regiões de conflito.