O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) reporta que Israel realizou cerca de 250 bombardeamentos na Síria desde a queda do presidente Bashar al-Assad. Segundo a ONG, os ataques visam instalações militares para impedir que estas sejam controladas por rebeldes. Os alvos incluem aeroportos, depósitos de armas e centros de investigação militar, com um foco recente em Latakia, onde navios da Marinha síria foram danificados.
Na segunda-feira, a aviação israelita atacou novamente navios militares e armazéns de armas nos arredores de Latakia, conforme indicado pela OSDH. O diretor da organização, Rami Abdel Rahman, afirmou que Israel busca destruir o poder militar do governo de Assad, que foi deposto por uma coligação rebelde islâmica. A rádio do Exército israelita confirmou os ataques, destacando a destruição de navios militares sírios.
Com a fuga de Assad para a Rússia, após a ofensiva rebelde que tomou a capital síria, Israel intensificou os seus ataques. A OSDH revelou que os bombardeamentos destruíram todos os aviões de combate nos aeroportos e vários radares e depósitos de armas, evidenciando a estratégia de Telavive para desmantelar a capacidade militar do regime deposto.
A escalada dos bombardeamentos israelitas na Síria após a queda de Assad levanta preocupações sobre a estabilidade regional e o impacto nos civis. A intervenção de Israel, embora justificada sob a ótica de segurança, pode agravar ainda mais o conflito e as tensões existentes entre as diversas facções no terreno.