Axel Rudakubana, de 18 anos, assumiu a culpa pelo homicídio de três crianças em Liverpool, entre elas a portuguesa Alice da Silva Aguiar. O líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, criticou o Estado por não ter protegido as jovens e exigiu respostas sobre as falhas. Rudakubana tinha um histórico de comportamentos preocupantes, tendo sido recomendado para acompanhamento preventivo desde 2019, mas não foi considerado um risco de terrorismo.
O ataque, que feriu ainda outras dez pessoas, não foi classificado como terrorismo, embora a procuradora Ursula Doyle tenha destacado o interesse do jovem pela violência. O incidente provocou tumultos em várias cidades, alimentados por rumores falsos sobre a identidade do agressor, levando a confrontos violentos entre extremistas de direita e a polícia.
Após a tragédia, Nigel Farage criticou as autoridades por não terem revelado informações sobre Rudakubana e por não terem respondido às suas questões sobre a vigilância do suspeito. A situação culminou em uma série de distúrbios, resultando em mais de 1.200 detenções e centenas de condenações, refletindo a tensão social e as questões em torno da imigração no Reino Unido.
Este caso revela a necessidade urgente de uma revisão nas políticas de segurança e proteção de crianças no Reino Unido. A falha em agir sobre os sinais de alerta pode ter contribuído para uma tragédia evitável. Também expõe a fragilidade social e a manipulação de informações, que alimentam a divisão entre comunidades.