Venâncio Mondlane, líder opositor, pediu a retirada da arma da bandeira moçambicana, argumentando que ela simboliza uma mentalidade armada. Em um direto no Facebook, ele anunciou um concurso até 10 de janeiro para novas propostas. Mondlane também defendeu a revisão da Constituição e a eleição local de líderes distritais e de bairros, afirmando que as instituições devem ser escolhidas pelo povo.
A recente proclamação de Daniel Chapo como vencedor das eleições presidenciais gerou protestos violentos em Moçambique, com quase 300 mortes desde 21 de outubro. Os apoiantes de Mondlane, que obteve 24% dos votos, manifestaram-se em várias cidades, levando a confrontos com a polícia.
Mondlane planeia novos protestos e anunciou um período de tolerância para a entrada de organizações internacionais que avaliarão a situação dos direitos humanos. Ele também pediu a mudança de nomes de avenidas atribuídos a figuras comunistas, sugerindo que os nomes das ruas devem refletir a história moçambicana e os heróis locais.
A proposta de Mondlane para alterar a bandeira e a Constituição reflete um desejo de mudança na política moçambicana. No entanto, a implementação dessas ideias enfrenta desafios significativos, especialmente com a atual tensão social e as recentes violências. O envolvimento de organizações internacionais pode ser crucial para a mediação e proteção dos direitos humanos no país.