Morte de Fethullah Gülen marca o fim de uma era de controvérsias

Fethullah Gülen, o imã exilado nos Estados Unidos desde 1999, faleceu no sábado, conforme anunciado por um portal ligado ao seu movimento. Gülen, que outrora foi aliado do Presidente turco Recep Tayyip Erdogan, foi acusado de organizar um golpe de Estado e de criar um ‘Estado paralelo’ na Turquia. O seu movimento, conhecido como FETO, é considerado terrorista pelo governo turco.

Após a tentativa de golpe em 2016, o governo turco desencadeou uma onda de repressão, despedindo mais de 125 mil alegados apoiantes do movimento e instaurando processos judiciais contra cerca de 700 mil pessoas. O impacto foi profundo, afetando escolas, meios de comunicação e várias instituições associadas a Gülen.

Investigadores notam que o movimento de Gülen tinha uma vasta influência na sociedade turca, abrangendo diversos setores. A sua morte levanta questões sobre o futuro da comunidade que liderava e o legado de controvérsias que deixa na política turca.

A morte de Gülen pode simbolizar o fim de um capítulo tumultuoso na história recente da Turquia, mas as suas implicações políticas e sociais continuam a ressoar. A repressão dos seus apoiantes e a luta por poder na Turquia permanecem um tema crítico.