A ONU recorda que Estados que deslocalizam o tratamento de pedidos de asilo não podem escapar às suas responsabilidades em termos de direitos humanos. Mahjoub El Haiba, membro do Comité, sublinha que, independentemente de onde sejam tratados os pedidos, a responsabilidade permanece com o Estado de origem. O Comité critica a Austrália por casos de requeriantes de asilo e destaca que a externalização não isenta os Estados de cumprir normas de direitos humanos. A situação em Nauru é um exemplo claro disso.
A estratégia de deslocalização de processos de asilo é controversa e suscita questões éticas. Embora países como Itália e Reino Unido tenham tentado aplicar modelos semelhantes, a implementação tem sido complexa e muitas vezes contestada nos tribunais. A ONU defende que os Estados devem garantir que qualquer centro de detenção, mesmo fora do seu território, respeite os direitos humanos, e que as vítimas devem ser indemnizadas.