Oposição em Uganda enfrenta julgamento por traição

Kizza Besigye, uma figura proeminente da oposição no Uganda, vai ser julgado por traição, uma acusação que pode resultar em pena de morte. O tribunal militar alterou as acusações contra ele, que já enfrentava outras por posse ilegal de arma e solicitação de apoio militar. Besigye, que já disputou a presidência várias vezes, foi detido em Nairobi e transferido para Kampala, onde se encontra em prisão preventiva. A sua defesa contestou as novas acusações, que incluem um terceiro suspeito, um oficial do exército.

A Amnistia Internacional e a Human Rights Watch criticam o uso abusivo dos tribunais militares em Uganda, alertando para a repressão da oposição. O caso de Besigye revela as tensões políticas à medida que se aproximam as eleições presidenciais de 2026, em que o atual presidente Yoweri Museveni, no poder desde 1986, poderá não ser o candidato. Com a ausência de um sucessor claro dentro do seu partido, a situação política no país permanece incerta.