Professores moçambicanos ameaçam boicotar exames especiais

A Associação Nacional dos Professores (Anapro) denuncia a falta de pagamento de horas extraordinárias e reivindica salários justos para os docentes em Moçambique. Marcos Mulima, porta-voz da Anapro, revelou que muitos professores deveriam receber entre 80 a 100 mil meticais, mas recebem apenas três mil. A situação é preocupante, especialmente na província da Zambézia, onde o governo afirma ter pago 98 milhões de meticais a 1.600 professores, algo que Mulima refuta, considerando as informações distorcidas.

Mulima alertou que a falta de pagamentos pode levar os professores a boicotarem os exames especiais agendados para janeiro. A Anapro exige que o governo regularize todas as horas extras em atraso antes de qualquer ação relacionada a exames. A classe docente está decidida a lutar pelos seus direitos e a não aceitar informações enganosas da administração.