Rapto de genro de Edmundo González levanta tensões políticas na Venezuela

Edmundo González Urrutia denunciou o rapto do seu genro, Rafael Tudares, em Caracas, enquanto este levava os filhos à escola. A sua mulher, Mariana González, afirma que o marido não tem ligação a questões políticas e considera o rapto uma retaliação contra seu pai, que se opõe ao regime de Nicolás Maduro. Desde o incidente, a família não obteve informações sobre o paradeiro de Tudares e denuncia a falta de acesso a advogados e visitas familiares.

A situação agrava-se com a tomada de posse de Maduro marcada para sexta-feira, enquanto Edmundo González, que se exilou em Espanha, busca apoio internacional. Mariana pediu a presunção de inocência do marido e refutou alegações do governo, sublinhando que as ações do pai não devem afetar a sua família.

A tensão política na Venezuela continua a aumentar, com a oposição a contestar a legitimidade das eleições, onde afirmam ter vencido. As declarações de Mariana evidenciam a urgência da situação e a necessidade de proteção dos direitos de Tudares, numa altura em que o país enfrenta uma crise profunda.

O rapto de Rafael Tudares revela a crescente violência política na Venezuela e a utilização de medidas drásticas contra opositores e suas famílias. A situação exige uma resposta internacional e um reforço dos direitos humanos, para que atos de vingança política não se tornem uma norma no país.