O referendo realizado no Qatar resultou na aprovação de várias alterações constitucionais, com 90,6% dos eleitores a apoiar as medidas. O emir Tamim ben Hamad Al-Thani celebrou a participação cívica, que atingiu 84%. A principal mudança foi a abolição da eleição de 30 dos 45 membros do Majlis al-Shura, que voltará a ser nomeado pelo emir, após uma experiência eleitoral em 2021. A exclusão de alguns cidadãos, especialmente os naturalizados, provocou divisões na sociedade.
Baraa Shiban, do Royal United Services Institute, considera que as alterações representam um retrocesso na busca por uma maior representatividade política. Ele destaca um debate contínuo no Médio Oriente sobre a tensão entre estabilidade e democracia, que se intensificou após as revoltas da ‘Primavera Árabe’.