Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou que não existem restrições contra Bashar al-Assad, que se encontra sob asilo na Rússia após a queda do seu regime. Informações indicam que a mulher de al-Assad, Asma, poderá pedir divórcio, uma vez que os bens do marido estão congelados. Vladimir Putin, por sua vez, admitiu que a situação na Síria é complicada e que ainda não se reuniu com al-Assad, embora mantenha contactos com os novos grupos no poder.
Putin também revelou que as autoridades russas ajudaram a retirar 4.000 combatentes iranianos da Síria, que eram aliados de al-Assad. A operação decorreu a partir da base na província de Latakia. A situação em Damasco complicou-se após a ofensiva da Organização de Libertação do Levante (HTS), que tomou rapidamente o controlo de Alepo e derrubou al-Assad em 8 de dezembro.
Com a queda de al-Assad, foi nomeado Mohammed al-Bashir como primeiro-ministro interino do novo governo sírio de transição, que deverá assumir funções até março de 2025. A HTS, classificada como grupo terrorista por várias nações, agora controla partes significativas da Síria, deixando um cenário de incerteza no país.
A situação na Síria continua a ser volátil, com a queda de um líder que governou por 24 anos. A resposta da Rússia pode ser vista como um apoio estratégico a um aliado em dificuldades, mas também levanta questões sobre o futuro do país e a estabilidade na região.