Nicolas Sarkozy, que celebra 70 anos este mês, compareceu ao tribunal sem prestar declarações à imprensa. O ex-presidente francês, que governou entre 2007 e 2012, afirmou ser advogado durante o interrogatório conduzido pela presidente do tribunal, Nathalie Gavarino. Sarkozy conversou com outros arguidos, incluindo ex-ministros e seu irmão, antes do início da audiência dedicada aos recursos para anular o processo que enfrenta.
Neste caso, Sarkozy é acusado de crimes que podem levar a uma pena de até 10 anos de prisão e multas de 375 mil euros. O julgamento, que se estende até 10 de abril, ocorre após o ex-presidente ter sido condenado em outros processos, incluindo um por corrupção, com pena de um ano, a cumprir em prisão domiciliária.
Sarkozy já foi condenado por financiamento irregular da sua campanha presidencial de 2012, na qual foi derrotado por François Hollande. O recurso a essa condenação já foi julgado, com a decisão prevista para ser anunciada ainda este ano.
As múltiplas condenações de Sarkozy levantam questões sobre a integridade política na França. A sua presença em tribunal é um lembrete do impacto das leis de financiamento de campanhas e da corrupção. A sociedade espera que a justiça prevaleça, independentemente do status do arguido.