Hoje, as autoridades libanesas entregaram dezenas de sírios, incluindo antigos oficiais do exército, às novas autoridades sírias. Esta ação foi reportada pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que destacou que esses indivíduos foram detetados a entrar ilegalmente no Líbano. A embaixada síria suspendeu o trabalho consular, sem esclarecer os motivos, embora se acredite que passaportes de familiares de Bashar al-Assad possam ter sido falsificados.
Rifaat al-Assad, tio do ex-presidente sírio, voou para a Síria sem ser detido. As delegações de Líbia e Bahrein chegaram a Damasco, numa demonstração da crescente aceitação do novo governo sírio, liderado pela Organização para a Libertação do Levante. O líder do HTS, Ahmad al-Charaa, tenta transmitir uma imagem de normalidade, enquanto dados indicam que 22.215 sírios deixaram a Jordânia, após o fechamento da fronteira de Jaber.
A Turquia, que acolheu cerca de três milhões de refugiados sírios, revelou que 31 mil já regressaram ao seu país desde a queda do regime de Assad. O novo governo de transição enfrenta desafios significativos num país devastado pela guerra, onde 90% da população vive abaixo da linha da pobreza. As movimentações diplomáticas na região refletem um cenário em evolução na Síria e o impacto da guerra civil que começou em 2011.
A situação na Síria continua a ser complexa, com as autoridades a tentarem estabelecer um novo governo em meio a um contexto de pobreza extrema e instabilidade. A devolução de refugiados e a normalização das relações com outros países da região indicam uma tentativa de estabilização, mas os desafios são enormes. A comunidade internacional deve permanecer atenta aos direitos humanos e à segurança dos cidadãos sírios, que ainda enfrentam grandes dificuldades.