Tensões entre França e Rússia afetam correspondência do Le Monde

A diplomacia francesa ignorou alertas sobre as consequências para um jornalista russo, mantendo a decisão de não conceder visto a Alexandr Kudel. A porta-voz dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, anunciou que Moscovo retaliará. O correspondente do Le Monde, Benjamin Quénelle, foi também afetado, levando o diretor do jornal, Jerome Fenoglio, a criticar a situação como um obstáculo à liberdade de informação, uma vez que é a primeira vez desde 1957 que o Le Monde não tem um correspondente em Moscovo.

Fenoglio destaca que, mesmo durante a Guerra Fria, o jornal conseguiu manter correspondentes na União Soviética. A atual decisão da França é vista como sem precedentes e prejudicial à comunicação e liberdade de imprensa.