O TIC do Porto confirmou os factos da acusação do Ministério Público (MP) contra vários arguidos, incluindo uma técnica oficial de contas. Eles são acusados de fraude fiscal, falsificação de documentos e branqueamento de capitais, num esquema que terá durado entre 2015 e 2018. Liderados por um representante de uma empresa de organização de eventos, os arguidos alegadamente ocultaram rendimentos e utilizaram faturação falsa para deduzir IVA e aumentar os custos de IRC.
O MP destaca que o representante da empresa desviou fundos para pagar dívidas a um clube de futebol e à Segurança Social, garantindo a sua participação em jogos. Em troca, passou a intervir no agenciamento de jogadores, utilizando também sociedades offshore para emitir faturação falsa, facilitando a dedução de impostos.
A procuradoria conclui que os arguidos, ao branquearem valores subtraídos ao Estado, investiram de forma anónima na agência de jogadores e adquiriram imóveis, evidenciando a complexidade do esquema montado para benefício pessoal e da sua empresa.
A gravidade das acusações levanta questões sobre a integridade no desporto e na gestão empresarial. Este caso revela a necessidade de um maior escrutínio sobre as práticas financeiras no setor, especialmente ligado a eventos desportivos.