O advogado de Ricardo Salgado, ex-banqueiro, defendeu que o seu cliente não está em condições de se defender no julgamento devido ao diagnóstico de Alzheimer. Francisco Proença de Carvalho questionou se é aceitável que um arguido seja julgado nessas circunstâncias, destacando a falta de autonomia de Salgado e a inabilidade de este acompanhar o processo. O advogado apontou que as declarações de 2015, a serem reproduzidas em tribunal, não refletem a realidade atual do arguido.
O advogado criticou a falta de respeito pelos direitos humanos no processo, afirmando que a lei portuguesa deve respeitar convenções internacionais. Proença de Carvalho indicou que pondera recorrer ao Tribunal Constitucional, reforçando que a questão principal deve ser se um arguido pode ser julgado nessas condições. Ricardo Salgado é acusado de 62 crimes no caso BES/GES, que causou prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.