Durante o julgamento da Operação Babel, o advogado João Pedro Lopes explicou que ofereceu relógios ao ex-vice-presidente de Gaia, Patrocínio Azevedo, como uma forma de agradecimento. Lopes afirmou que as prendas eram um gesto social, e não um ato corrupto, questionando a lógica de dar presentes se houvesse um pacto corruptivo. A operação investiga crimes relacionados com licenciamento urbanístico, envolvendo 16 arguidos, entre os quais Patrocínio Azevedo e empresários do setor imobiliário.
A defesa busca desassociar os presentes de qualquer intenção corrupta, mas a situação levanta questões sobre a ética nas relações entre empresários e políticos. O caso revela a complexidade da corrupção em processos de licenciamento, onde gestos sociais podem ser interpretados de forma ambígua.