No Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina, a Direção-Geral da Saúde (DGS) reporta 254 casos em 2023, um aumento de 13,9% em relação ao ano anterior. Desde 2020, o número de casos cresceu quase 157%, mas a DGS atribui este aumento à maior sensibilidade dos profissionais de saúde e não a um agravamento da situação. A maioria dos casos foi registada em mulheres com mais de 18 anos, mas a média de idade na realização do procedimento é de apenas 7,7 anos.
Os dados revelam uma preocupação crescente com a MGF, que continua a afetar principalmente mulheres de países como a Guiné-Bissau e Guiné Conacri. É crucial que as autoridades reforcem o apoio e a sensibilização para erradicar esta prática nociva. A detecção precoce nos serviços de saúde pode ajudar a proteger mais mulheres e meninas.