Centro Oncológico do Algarve enfrenta desafios legislativos

Na comissão parlamentar de Saúde, Paulo Neves revelou que a alteração ao projeto do Centro Oncológico do Algarve se deve a novas exigências legais que obrigam à construção de ‘bunkers’ para equipamentos radioativos. Esta mudança implica um aumento na área de construção, que excede os 4.600 metros quadrados inicialmente previstos. A Câmara de Loulé indeferiu o projeto, provocando a proposta de integrar o Centro no novo Hospital Central do Algarve, previsto para ser lançado até ao final do semestre.

Os presidentes das câmaras de Loulé e Faro expressaram a sua vontade em adaptar o terreno cedido para a construção do centro, questionando o atraso de um processo iniciado em 2021. O atual presidente da ULS, Tiago Botelho, defendeu que, caso o novo hospital esteja operacional até final de 2024, não haveria necessidade de prosseguir com o CORS, visto que já incluirá os equipamentos necessários.

Os deputados do PS e PSD trocaram acusações sobre a responsabilidade pelo atraso na construção do centro, que se destina a atender 3.500 doentes anuais, evitando deslocações a Lisboa ou Sevilha para tratamentos oncológicos. A situação continua a levantar preocupações sobre a resposta à necessidade de cuidados de saúde na região sul do país.

A proposta de integrar o Centro Oncológico no novo Hospital Central do Algarve é uma solução sensata para evitar mais atrasos e garantir que a população tenha acesso a cuidados oncológicos adequados. Contudo, é preocupante que um projeto com tanta relevância tenha enfrentado tantos obstáculos legais e administrativos. A urgência em resolver as questões de construção é crucial, dado que os doentes precisam de um atendimento mais próximo e eficaz.