A Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa acolheu hoje a conferência ‘Inteligência Artificial, Democracia e Eleições’, em celebração dos 50 anos da Comissão Nacional de Eleições. Sofia Casimiro, professora universitária, questionou se a União Europeia deve aumentar ou diminuir a regulação da IA, defendendo um equilíbrio entre a tecnologia e os valores europeus. A professora alertou para o risco que a IA representa para a democracia, afirmando que a interferência da IA nas eleições é já a norma.
Luísa Meireles, diretora de informação da Lusa, destacou o papel crucial dos jornalistas na era da IA, enfatizando a necessidade de proteger a liberdade de expressão e a verificação dos factos. A dualidade entre democracia digital e analógica foi outro ponto central da discussão, com Meireles a afirmar que atacar os meios tradicionais é um ataque à liberdade jornalística. A Lusa já elaborou uma carta de princípios para o uso da IA, reconhecendo o contexto ameaçador que a tecnologia apresenta.